Entender o que motiva a peta infantil é importante para erigir um envolvente de crédito e formação de caráter
Por Teologia em Foco
Quando os pais se deparam com uma “mentirinha” dos filhos pequenos, é procedente que surjam dúvidas se isso é grave. “É sinal de mau comportamento? O que fazer?” Tanto especialistas quanto observações práticas mostram que a peta, na puerícia, tem significados e causas diferentes daquelas presentes nos adultos.
Mentiras infantis não são somente travessuras; podem ser janelas para o mundo emocional e místico dos pequenos. É generalidade uma párvulo negar que comeu o rebuçado escondido, mesmo com vestígios claros no rosto. Para os pais, isso pode parecer manipulação. Mas, na puerícia, a peta está muitas vezes ligada ao desenvolvimento cognitivo, social e até místico.

Estudos indicam que, dos três aos seis anos, as crianças ainda estão aprendendo a notabilizar fantasia de veras. “Quando as crianças são pequenas, muitas vezes elas confundem a veras com a fantasia. E, às vezes, elas imaginam, pensam alguma coisa e acabam falando uma coisa que não é verdade, mas que não chega a ser uma peta”, explica a educadora Cris Poli, coordenadora da Escola do Horizonte Brasil, conhecida por ter sido a Supernanny na versão brasileira do programa de televisão.
Ela afirma que é preciso diferenciar a peta propositado das manifestações imaginativas.
“A peta propositado vai sobrevir quando a párvulo já é um pouco mais velha, tipo 5, 6 anos. A intenção é de dissimular ou camuflar uma situação que eles não gostaram ou sabiam que iam receber um lição”, exemplifica.
A peta porquê mecanismo de resguardo
Mentir pode ser uma forma de resguardo, usada para evitar punições ou preservar a imagem diante dos adultos. Mireia Orgilés, da Universidade Miguel Hernández, na Espanha, destaca que crianças pequenas ainda não compreendem muito as consequências de seus atos e acreditam que sua versão será aceita porquê verdadeira. José Pedro Punhal observa que, com o tempo, elas percebem que podem ser descobertas e tendem a despovoar a prática ao perceberem o valor da verdade.
O exemplo dos adultos é decisivo. A párvulo observa tudo, e pequenas mentiras dos pais, porquê “não diga ao papai que comemos biscoito”, passam uma mensagem ambígua. Se a família valoriza a sinceridade de forma congruente, a párvulo entende que a verdade é um valor importante. “A gente precisa mostrar qual é a verdade, por fatos. Para que a párvulo entenda o que é veras e o que é fantasia, isso com os pequenininhos”, reforça Cris Poli.
Emendar sem humilhar
Na hora de emendar, a empatia é mais eficiente que o lição. Cris Poli recomenda manter a calma. “Não adianta só falar que é peta, não adianta só falar que não é verdade. A gente precisa mostrar qual é a verdade”, detalha. Isso vale ainda mais quando há intenção clara na peta. “Precisamos ensiná-los que é melhor a verdade do que a peta. Mesmo que a verdade traga consequências, é melhor falar a verdade do que esconder a verdade”, explica.
Motivos espirituais e a natureza humana
Além dos fatores cognitivos, há também os espirituais. O pastor Raimundo Silva Júnior, da Primeira Igreja Batista de Bom Jardim (Fortaleza/CE), lembra que as crianças se desenvolvem em meio a adultos e sistemas com ações e reações diversas, o que pode deixá-las confusas. “Outra coisa é que, porquê humanas, estão sujeitas ao comportamento pecaminoso, e isso inclui as ‘mentirinhas’”, ensina o pastor.
Por isso, a Bíblia orienta os pais a ensinarem seus filhos. “Porquê pais devemos ter sabedoria suficiente para mourejar com o vício dos filhos desde a primeira puerícia, que não se trata com punição, mas com limites, orientação e perdão”, completa Raimundo.
Tanto a educadora quanto o pastor destacam que o envolvente familiar deve oferecer segurança emocional. Quando a párvulo é acolhida, aprende a responsabilizar e a se expressar com mais honestidade. Ensinar a expressar a verdade é ensinar a viver de pacto com os valores cristãos. Formar um envolvente onde o erro pode ser revisto e onde a verdade é valorizada prepara a párvulo para a vida adulta.
Fatores de risco que favorecem as “mentirinhas” em crianças
Falta de compreensão sobre as consequências de suas ações (imaturidade emocional).
Temor de punição severa ou reações explosivas dos adultos.
Envolvente familiar com informação fechada ou autoritária (pouco espaço para diálogo sincero).
Exposição a exemplos negativos (ver adultos mentindo ou relativizando a verdade).
Libido de evitar problemas, repreensões ou conflitos.
Pressão excessiva por resultados ou expectativas inalcançáveis.
Carência afetiva ou procura de aprovação e aprovação dos outros.
Falta de ensino e orientação moral e místico desde a primeira puerícia.
Instabilidade emocional causada por conflitos frequentes no envolvente familiar.
Influência de redes sociais e mídias, que às vezes promovem distorções da veras.