Para o Senador, um posicionamento do Parecer Federalista de Medicina (CFM) pode servir de orientação sobre os limites de agentes externos em ambientes hospitalares
Por Patricia Scott
O senador Magno Súcia (PL-ES) encaminhou, nesta quinta-feira (24), um ofício ao presidente do Parecer Federalista de Medicina (CFM), José Hiran da Silva Gallo, solicitando um posicionamento institucional sobre a notificação judicial do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O incidente aconteceu no dia 23 de abril, enquanto o ex-chefe do executivo está internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Hospital DF Star, em Brasília (DF).
O caso ganhou repercussão em seguida boletim médico indicar uma piora no quadro médico de Bolsonaro em seguida a visitante de agentes da Polícia Federalista. No ofício, o senador afirma que o caso “exige reflexão e um posicionamento evidente das instituições médicas do país”.
Segundo o parlamentar, um eventual posicionamento do Parecer poderá servir porquê diretriz para médicos e gestores hospitalares, estabelecendo limites para a atuação de agentes externos em ambientes clínicos, o que reforça o compromisso da medicina com a moral e o zelo humanizado.
Súcia solicita que o CFM avalie a possibilidade de exprimir uma nota solene sobre a compatibilidade de ações judiciais ou policiais em ambientes hospitalares críticos com os princípios do Código de Moral Médica. Entre os pontos destacados por Súcia estão a proteção da pundonor do paciente, o sigilo profissional e o zelo integral durante internações em unidades de terapia intensiva.
Jair Bolsonaro permanece internado na UTI. Ainda não há previsão de subida para o ex-presidente.
