Um míssil disparado pelos rebeldes Houthis do Iêmen contra Israel caiu neste domingo (04) nas proximidades do principal aeroporto internacional do país, conforme anunciado pelo porta-voz militar do grupo, Yahya Saree, em transmissão pela TV.
Saree reiterou o aviso às companhias aéreas, afirmando que o aeroporto de Israel “não oferece mais segurança para viagens aéreas”.
Assim, os Houthis, que possuem alinhamento com o Irã, reivindicaram a autoria do ataque e afirmaram que o lançamento do míssil próximo ao aeroporto Ben Gurion, em Tel Aviv, faz secção de uma série de investidas realizadas em solidariedade aos palestinos em Gaza.
O impacto causou uma grande cratera e feriu pelo menos oito pessoas, além de interromper temporariamente as operações do aeroporto e suspender voos internacionais de companhias uma vez que Lufthansa, Delta e Air France, afirmou a Reuters.
Resposta israelense
Posteriormente o ataque, o ministro da Resguardo de Israel, Israel Katz, declarou: “Aqueles que nos causarem dano serão atingidos com sete vezes mais força.”
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, também prometeu retaliar o grupo.
“Ataques dos Houthis emanam do Irã. Israel responderá ao ataque houthi contra nosso principal aeroporto e, em um momento e sítio de nossa escolha, para seus mestres terroristas iranianos”, disse Netanyahu em seu perfil na plataforma X.
Em um vídeo publicado por seu gabinete, Netanyahu disse: “Faremos o que precisarmos fazer para cuidar de nossa segurança, responder de forma eficiente e dar ao Irã o devido aviso de que isso não pode continuar”.
O grupo rebelde afirmou em um enviado no domingo que imporiam “um bloqueio leviano abrangente” a Israel, visando repetidamente seus aeroportos, em resposta a Israel expandindo sua operação “agressiva” em Gaza.
Sem resguardo aérea
A maioria dos ataques lançados do Iêmen desde 2023 tem sido interceptada pelos sistemas de resguardo antimísseis de Israel. Essa quebra aconteceu pela primeira vez em 2024, quando um ataque de drones conseguiu atingir Tel Aviv.
O míssil disparado neste domingo foi o único de uma série lançada desde março que não foi interceptado, conseguindo furar a resguardo aérea israelense, incluindo o sistema Iron Dome e o americano THAAD, ambos conhecidos por sua subida taxa de sucesso na interceptação de ameaças.
No próprio domingo, os militares israelenses concluíram uma avaliação e citaram um problema técnico com o interceptor lançado em direção ao míssil.
“As descobertas iniciais não revelam nenhum mau funcionamento no procedimento de detecção, sistemas de interceptação ou mecanismos de alerta de Comando Homefront”, acrescentou o tropa em um enviado.
O incidente ocorreu em meio a um aumento das tensões regionais, com os Houthis intensificando seus ataques contra Israel e aliados ocidentais desde o ataque do Hamas em outubro de 2023.
