Um cristão foi sentenciado à morte sob a lei da blasfêmia no Paquistão, na Sexta-feira Santa, em 18 de abril.
Pervaiz Masih foi recluso, culpado de violar o Alcorão, insultar o vaticinador Maomé e conspiração criminosa. O juiz Javed Iqbal Sheikh também sentenciou o cristão a uma multa de mais de 10.000 dólares e à prisão perpétua.
Masih foi culpado de tentar incriminar dois irmãos cristãos – Amer Masih e Umair Rocky Masih – em uma vingança pessoal, em Jaranwala, na província de Punjab.
As alegações de blasfêmias contra os irmãos (que já foram comprovadas que eram falsas) provocaram uma vaga de violência contra a comunidade cristã da dimensão, em 2023. Uma plebe de muçulmanos destruiu mais de 20 igrejas e atacou mais de 80 casas de famílias cristãs.
Maish ainda tem o recta de impugnar a sentença no Tribunal Superior de Lahore. O veredito repercutiu entre a comunidade cristã, com muitos classificando a pena porquê severa, segundo o Christian Daily.
Escassez de justiça para cristãos
Nas redes sociais, cristãos criticaram a pena exagerada para Pervaiz Masih e condenaram a falta de justiça aos cristãos vítimas da violência islâmica em Jaranwala.
“O tribunal condenou um cristão por supostamente realizar o suposto ato blasfemo, mas e aquelas pessoas que queimaram nossas igrejas e casas e agora estão vagando livremente sob fiança?”, questionou a reverenda Ghazala Shafique, uma ativista lugar de direitos humanos, em vídeo no Facebook.
“Por que a polícia e a promotoria não investigaram esses casos com o mesmo zelo que demonstraram no caso de Masih?”, acrescentou.
A pastora declarou que a sentença de Masih foi um “presente de Páscoa distorcido para os cristãos de Punjab”.
Shafique relatou que a celebração da Páscoa foi afetada para os crentes, que ainda se recuperam dos ataques violentos de 2023.
No Paquistão, país de maioria muçulmana, acusações de blasfêmia são comuns e os culpados podem ser condenados a pena de morte.
Embora as autoridades nunca tenham executado sentenças de morte por blasfêmia, muitas vezes, a criminação provoca tumultos e linchamentos.
O Paquistão ocupa o 8° lugar da Lista Mundial da Perseguição da Missão Portas Abertas dos países mais difíceis para ser cristão.